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Relação entre Memória de Trabalho (ou Memória Operacional) e o TDAH

(Tradução livre)


Base Neural da Memória de Trabalho no TDAH: carga versus complexidade, 2021


Os déficits de Memória de Trabalho (MT) são significativos no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). No entanto, a Memória de Trabalho não é universalmente prejudicada no TDAH. Além disso, a base neural para déficits de MT no TDAH não foi estabelecida de forma conclusiva, com regiões como o córtex pré-frontal, o cerebelo e o núcleo caudado sendo envolvidas. Essas contradições podem estar relacionadas a conceitualizações da capacidade da MT, como carga (quantidade de informações) versus complexidade operacional (recuperação da manutenção ou manipulação). Por exemplo, em relação a indivíduos neurotípicos (NT), operações complexas de MT podem ser prejudicadas no TDAH, enquanto operações mais simples são poupadas. Alternativamente, todas as operações podem ser prejudicadas com cargas mais altas. Aqui, comparamos o impacto comportamental e neurológico desses dois componentes da capacidade na MT: carga e complexidade operacional, entre TDAH e NT. Nossa hipótese é que o impacto da carga na MT seria maior no TDAH, e a ativação neural seria alterada. Os participantes (faixa etária 12-23 anos; 50 TDAH e 82 NT) recordaram três ou quatro objetos (carga) em ordem direta ou inversa (complexidade operacional) durante o uso de imagem por Ressonância Magnética Funcional. Os efeitos do diagnóstico e da tarefa foram comparados com o desempenho e o envolvimento neural. Comportamentalmente, encontramos interações significativas entre diagnóstico e carga, e entre diagnóstico, carga e complexidade. Neurologicamente, encontramos uma interação entre diagnóstico e carga no estriado direito, e entre diagnóstico e complexidade no cerebelo direito e giro occipital esquerdo. O grupo de TDAH apresentou hipoativação em comparação ao grupo de NT durante a exposição a maior carga e maior complexidade. Isso demonstra os mecanismos disfuncionais relacionados à MT em adolescentes e adultos jovens com TDAH (por exemplo, desempenho acadêmico) e em intervenções corretivas (por exemplo, treinamento de MT).

Publicado pelo NIH - National Institutes of Health, ler mais…


Mecanismos Neurocognitivos subjacentes à codificação e recuperação da Memória de Trabalho no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, 2020


Deficiências de Memória de Trabalho no TDAH têm sido relatadas de forma consistente, juntamente com as deficiências no Controle Atencional. No entanto, não está claro quais processos específicos da MT são afetados nessa condição. Falha na ligação entre a Atenção e a MT tem sido descrita. No entanto, a maioria dos estudos foca na capacidade de reter as informações ao invés de focar nos estágios de codificação que são dependentes da Atenção e Recuperação. O estudo atual utiliza uma tarefa relacionada à Memória de Curto Prazo Visual, medindo tanto as respostas comportamentais quanto as respostas eletrofisiológicas para caracterizar a Codificação, Armazenamento e Recuperação da MT, comparando Adolescentes com TDAH e sem TDAH. Adolescentes com TDAH exibiram menor precisão e maior número de reações do que sem TDAH em todas as condições, especialmente quando havia uma alteração na Codificação ou na forma de exibição do teste. A manipulação do Armazenamento afetou igualmente os dois grupos. A Codificação P3 (exame neurofisiológico que identifica e mensura o potencial bioelétrico gerado na realização da tarefa) foi maior no grupo sem TDAH. A Recuperação P3 discriminou a mudança apenas no grupo sem TDAH. Modulações dependentes de Armazenamento ERP Event-related Potential (Potenciais Relacionados ao Evento - PRE) não revelaram diferenças de grupos. Codificação e Recuperação P3 foram significativamente correlacionadas apenas em não-TDAH. Esses resultados sugerem que, embora os processos de Armazenamento pareçam estar intactos no TDAH, os processos de Codificação e Recuperação relacionados à Atenção estão comprometidos, resultando em uma falha na priorização de informações relevantes. Esta nova evidência pode aprimorar as teorias recentes sobre o Armazenamento na Memória de Trabalho Visual. Publicado pela Universidade do Chile, ler mais… Memória de Trabalho Verbal no TDAH: revisão sistemática e meta-análise, 2015

Pesquisas científicas têm identificado reiteradamente que crianças e adolescentes com TDAH apresentam déficits em Memória de Trabalho. O objetivo desta revisão sistemática com síntese quantitativa de dados é investigar primariamente o effect size do déficit em Memória de Trabalho Verbal de crianças e adolescentes com TDAH, cuja avaliação (neuro)psicológica tenha aplicado o subteste Dígitos e/ou sua ordem indireta, com base em alguma versão das escalas WISC e/ou WAIS. Secundariamente, a Memória de Curto Prazo foi investigada considerando-se os escores da ordem direta do subteste. A busca sistematizada de artigos científicos foi feita nas bases de dados PubMed/MEDLINE, PsyINFO, PsyArticles e Web of Science, nos meses de junho e julho de 2015. O período de interesse abrange os anos de 2005 a 2014. A revisão sistemática gerou uma amostra de 5064 sujeitos com TDAH e outra amostra de 3867 sujeitos sem TDAH. Os resultados indicam que, em Memória de Trabalho Verbal, crianças e adolescentes com TDAH apresentam déficits de magnitude moderada (Hedges's g = 0,55), enquanto em Memória de Curto Prazo o effect size estimado foi de magnitude média a baixa (g = 0,46). Esses resultados replicam em grande parte os resultados de estudos anteriores de meta-análise que se valeram de variadas medidas de Memória de Trabalho Verbal. As evidências das sínteses quantitativas sugerem que o subteste Dígitos, mais especificamente a ordem indireta, é de fato uma medida de Memória de Trabalho Verbal, algo não compartilhado por todos os pesquisadores ao longo de 100 anos de pesquisas. A principal explicação para o déficit em sujeitos com TDAH provém, sobretudo, de evidências empíricas de que circuitos fronto-parieto-temporais (córtex pré-frontal dorsolateral, sobretudo), importantes para o funcionamento da Memória de Trabalho, estão deficitários em crianças e adolescentes diagnosticados com TDAH. Conclui-se que o subteste Dígitos possui eficácia semelhante ao de outras medidas neuropsicológicas na investigação da Memória de Trabalho Verbal. Entretanto, como há divergências na literatura científica sobre o assunto, sempre que possível é recomendável o emprego de outros instrumentos, conjuntamente, para avaliação da Memória de Trabalho Verbal. Publicado pela Universidade Federal do Paraná, ler mais… Qual área da Memória de Trabalho não está funcionando no TDAH?

Memória de Curto Prazo, o Executivo Central e os Efeitos de Reforço, 2013


Os déficits na Memória de Trabalho estão relacionados aos sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Em crianças com TDAH, a MT Visuoespacial é a mais prejudicada. A MT é composta por Memória de Curto Prazo (MCP) e um Executivo Central (EC). Portanto, déficits em um ou em ambos MCP e EC podem ser responsáveis ​​por deficiências na MT em crianças com TDAH. Os estudos dos componentes da MT encontram déficits tanto no MCP quanto no EC. No entanto, estudos recentes mostram que não apenas os déficits cognitivos, mas também os déficits motivacionais dão origem ao desempenho atípico da MT de crianças com TDAH. Até o momento, a influência desses déficits motivacionais nos componentes da MT não foi investigada. Este estudo examinou os efeitos de um padrão (apenas feedback) e um alto nível de reforço (feedback + 10 euros) na MT Visuoespacial, MCP Visuoespacial e no desempenho EC de 86 crianças com TDAH e 62 crianças controles em desenvolvimento típico. Com o reforço padrão, o desempenho da MCP, EC e MT das crianças com TDAH foi pior do que o dos controles. O alto reforço melhorou o desempenho de MCP e MT mais em crianças com TDAH do que nos controles, entretanto foi incapaz de normalizar seu desempenho. O reforço alto não pareceu melhorar o desempenho relacionado à EC de crianças com TDAH e controles. Os déficits motivacionais têm um efeito prejudicial no desempenho Visuoespacial da MT e no desempenho da MCP de crianças com TDAH. Além dos déficits motivacionais, tanto o MCP Visuoespacial quanto o EC de crianças com TDAH são prejudicados e dão origem a seus déficits na MT Visuoespacial.

Publicado pelo NIH - National Institutes of Health, ler mais…


Memória de Trabalho em Crianças e Adolescentes com TDAH e Dificuldade na Matemática (DM) ou Transtorno na Matemática (TM), 2012 Nessa dissertação foi adotado o modelo de explicação do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade que prioriza o déficit da Memória de Trabalho como o seu núcleo. Os teóricos deste modelo apresentam evidências de que a desatenção e a hiperatividade de crianças e adolescentes com TDAH estejam relacionadas a (e até produzidas por) um déficit na Memória de Trabalho. As crianças e os adolescentes com TDAH também apresentam baixo desempenho matemático, associado ao desempenho na Memória de Trabalho. O objetivo deste estudo é entender o papel desempenhado pela Memória de Trabalho (Executivo Central, Alça Fonológica e Esboço Visuoespacial) em crianças e adolescentes com TDAH em relação à dificuldade e ao Transtorno de Matemática. O banco de dados utilizado faz parte da pesquisa intitulada “Scholar high risk cohort study for the development of psychopathology and resilience – Prevention Study” do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Psiquiatria do Desenvolvimento para Infância e Adolescência (INPD). Foram avaliados três componentes da Memória de Trabalho, através de quatro tarefas: span de dígitos na ordem direta – Alça Fonológica; span de dígitos na ordem inversa – Executivo Central mediado pela Alça Fonológica; Blocos de Corsi na ordem direta – Esboço Visuoespacial; Blocos de Corsi na ordem inversa – Executivo Central mediado pelo Esboço Visuoespacial. Os sujeitos com TDAH (n=205) foram avaliados para DM ou TM através do Teste de Desempenho Escolar de Stein (1994). Devido à pouca quantidade de sujeitos identificados com TM (n=7), foi necessário agrupá-los aos sujeitos com DM (n=23; n total=30). Foi realizada Análise de Regressão Logística Binária para verificar se os componentes da Memória de Trabalho poderiam explicar o diagnóstico de DM ou TM. Como a Alça Fonológica não teve poder explicativo nesta análise, compreende-se que o poder explicativo da tarefa span de dígitos na ordem inversa tenha sido significativo por exigir capacidade do Executivo Central, e não por causa da mediação da Alça Fonológica. O Esboço Visuoespacial não teve poder explicativo em relação ao diagnóstico de DM e TM no modelo multivariável. Os resultados desse estudo vão ao encontro de pesquisas que apontam o baixo desempenho em tarefas que avaliam o componente Executivo Central da Memória de Trabalho de crianças e adolescentes com TDAH. Este estudo também se alinha com as pesquisas que apontam a necessidade do Executivo Central para a execução de tarefas aritméticas; lembrando que cálculos aritméticos são a base do teste utilizado para diagnosticar a DM e o TM. Acredita-se que a perspectiva apresentada é promissora para a compreensão das relações entre o TDAH e a DM e o TM. A Memória de Trabalho pode estar desempenhando um papel mais importante do que os próprios sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade na dinâmica do TDAH. Com isso não se pretende negar a influência que a desatenção e a hiperatividade exercem sobre a aprendizagem, mas sim vinculá-las e explicá-las pelos déficits na Memória de Trabalho apresentados por crianças e adolescentes com TDAH. Publicado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ler mais…

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