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Neurocientista brasileira da Rede Sarah recebe prêmio internacional

A neurocientista e presidente da Rede Sarah de hospitais, Lúcia Willadino Braga, recebeu ontem, no Rio de Janeiro, o prêmio Distinguished Career Award, da Sociedade Internacional de Neuropsicologia (INS, na sigla em inglês). O prêmio é concedido a cientistas com anos de carreira, que tenham dado contribuições importantes para o setor. 


Há 40 anos na Rede Sarah, Lúcia é a primeira pessoa latino-americana a receber a premiação.


"O que eu acho legal deste momento é que o Brasil faz parte da construção do conhecimento internacional em neurociência. Então, nós estamos gerando o conhecimento. Isso é muito importante para o país", diz Lúcia.


Agência Brasil: De quarenta anos para cá mudou muito na neuropsicologia? Lúcia Braga: Nessa época só tinha o raio-X, nem tomografia havia. Então, tudo a gente tinha que provar pelo comportamento. E hoje, a gente pode comprovar as mudanças no comportamento e as mudanças que ocorrem no cérebro. Hoje, a gente entende muito mais o cérebro. Depois que vieram os equipamentos de neuroimagem, a gente pôde ver o cérebro funcionando, ficou muito mais profunda a nossa análise sobre tudo o que acontece no cérebro e começamos a descobrir muitas coisas que nós não sabíamos. Os últimos anos têm tido inúmeras descobertas, por parte de todos nós, neurocientistas, em função de ganhos tecnológicos de diagnósticos.


Agência Brasil: Aos 50 ou 60 anos a pessoa tem que continuar a estudar, para manter a neuroplasticidade?  Lúcia Braga: Vou mostrar em minha palestra [no segundo dia do encontro] o que muda na substância cinzenta e na substância branca do cérebro quando a gente aprende. Então, isso é a importância do aprender. O estudo é permanente e você pode continuar desenvolvendo novas redes neuronais depois dos 50 ou 60 anos. Pode e deve. Antes, se achava que não se podia mais. Que a partir de um momento você já estava com o cérebro construído. O que há, é uma especialização do cérebro durante a vida. O cérebro do adulto já está mais organizado que o da criança, que tem mais plasticidade. Mas não significa que esteja estagnado. A gente tem que continuar em frente. Aprendendo coisas, trocando ideias, trocando conhecimentos. Toda a aprendizagem exercita o cérebro.


Agência Brasil: Como funciona a Rede Sarah? Tem aporte privado? Lúcia Braga: A Rede Sarah é 100% pública. E isso prova que o serviço público pode funcionar, sim. Com boa gestão, transparência, governança e cuidado, a gente vai mostrando que nós temos todo um Brasil possível. Precisamos olhar mais para esse país. São nove unidades. Temos hospitais em Brasília, São Luís, Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, Belém, Macapá, Rio de Janeiro. Atendemos 1,7 milhão de pessoas por ano. Fazemos um atendimento todo humanista, com evidências científicas. É um atendimento todo público. A entrada é pelo site. Basta a pessoa entrar. Quem não tem acesso por internet, pode ligar.




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