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AFASIAS

(Tradução livre)


1)O que é afasia?

2)Quem pode apresentar afasia?

3)O que causa afasia?

4)Quais são os tipos de afasia?

5)Como a afasia é diagnosticada?

6)Como a afasia é tratada?

7)Quais pesquisas estão sendo feitas sobre a afasia?



1)O que é afasia?

Afasia é um distúrbio que resulta de danos em partes do cérebro responsáveis pela linguagem. Para a maioria das pessoas, essas áreas ficam no lado esquerdo do cérebro. A afasia, na maioria da vezes, ocorre repentinamente, geralmente após um acidente vascular cerebral ou traumatismo cranioencefálico, mas também pode se desenvolver lentamente, como resultado de um tumor cerebral ou de uma doença neurológica progressiva. O distúrbio prejudica a expressão e a compreensão da linguagem, bem como a leitura e a escrita. A afasia pode ocorrer concomitantemente com distúrbios da fala, como disartria ou apraxia da fala, que também resultam de danos cerebrais.


2)Quem pode apresentar afasia?

A maioria das pessoas que apresenta afasia tem meia-idade ou mais, entretanto qualquer pessoa pode apresentá-la, inclusive crianças pequenas. Cerca de 1 milhão de pessoas nos Estados Unidos têm afasia, e quase 180.000 americanos a apresentam a cada ano, de acordo com a Associação Nacional de Afasia.



3)O que causa afasia?

A afasia é causada por danos em uma ou mais áreas de linguagem do cérebro. Frequentemente, a causa da lesão cerebral é um AVC - acidente vascular cerebral. Um AVC ocorre quando há um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro ou um vaso sanguíneo com vazamento ou rompimento. As células cerebrais morrem quando não recebem o suprimento normal de sangue, que transporta oxigênio e nutrientes importantes. Outras causas de lesões cerebrais são traumas graves na cabeça, tumores cerebrais, ferimentos por arma de fogo, infecções cerebrais e distúrbios neurológicos progressivos, como a doença de Alzheimer.


4)Quais são os tipos de afasia?

Existem duas grandes categorias de afasia: fluente e não fluente, e existem vários tipos dentro desses grupos.


Danos ao lobo temporal do cérebro podem resultar na afasia de Wernicke, o tipo mais comum de afasia fluente. Pessoas com afasia de Wernicke podem falar frases longas e completas sem significado, acrescentando palavras desnecessárias e até criando palavras inventadas.

Por exemplo, alguém com afasia de Wernicke pode dizer: "Você sabe que aquele cube ficou rosado e que quero trazê-lo para perto e cuidar dele como você queria antes."

Como resultado, muitas vezes é difícil acompanhar o que a pessoa está tentando dizer. As pessoas com afasia de Wernicke muitas vezes não têm consciência dos seus erros de fala. Outra marca registrada desse tipo de afasia é a dificuldade de compreensão da fala.


O tipo mais comum de afasia não fluente é a afasia de Broca. Pessoas com afasia de Broca apresentam danos que afetam principalmente o lobo frontal do cérebro. Freqüentemente, eles apresentam fraqueza do lado direito ou paralisia do braço e da perna porque o lobo frontal também é importante para os movimentos motores. Pessoas com afasia de Broca podem compreender a fala e saber o que querem dizer, mas frequentemente falam frases curtas produzidas com grande esforço. Constantemente, omitem palavras pequenas, como "é", "e" e "o".

Por exemplo, uma pessoa com afasia de Broca pode dizer: "Passeio com o cachorro", significando: "Vou levar o cachorro para passear" ou "livro, livro dois na mesa", para "Há dois livros sobre a mesa". Pessoas com afasia de Broca normalmente entendem bem a fala dos outros. Sendo assim, muitas vezes estão conscientes de suas dificuldades e podem ficar facilmente frustrados.


Outro tipo de afasia, é a afasia global, que resulta de danos em extensas regiões nas áreas de linguagem do cérebro. Indivíduos com afasia global têm graves dificuldades de comunicação e podem ser extremamente limitados na sua capacidade de falar ou compreender a linguagem. Eles podem não conseguir dizer nem mesmo algumas palavras ou podem repetir as mesmas palavras ou frases indefinidamente. Eles podem ter dificuldade para entender até mesmo palavras e frases simples.


Existem outros tipos de afasia, cada um dos quais resulta de danos em diferentes áreas da linguagem no cérebro. Algumas pessoas podem ter dificuldade em repetir palavras e frases, embora as compreendam e consigam falar fluentemente (afasia de condução). Outros podem ter dificuldade em nomear objetos, mesmo sabendo o que é o objeto e para que pode ser usado (afasia anômica).


5)Como a afasia é diagnosticada?

A afasia geralmente é reconhecida primeiro pelo médico que trata a lesão cerebral da pessoa. A maioria dos indivíduos será submetida a uma ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) para confirmar a presença de uma lesão cerebral e identificar sua localização precisa. O médico normalmente também testa a capacidade da pessoa de compreender e produzir a linguagem, como seguir comandos, responder perguntas, nomear objetos e manter uma conversa.


Se o médico suspeitar de afasia, o paciente geralmente é encaminhado a um fonoaudiólogo, que realiza um exame abrangente das habilidades de comunicação da pessoa. A capacidade da pessoa de falar, expressar ideias, conversar socialmente, compreender a linguagem, ler e escrever são avaliadas detalhadamente.


6)Como a afasia é tratada?

Após uma lesão cerebral, ocorrem enormes mudanças no cérebro, que o ajudam a se recuperar. Como resultado, as pessoas com afasia frequentemente observam melhorias dramáticas nas suas capacidades de linguagem e comunicação nos primeiros meses, mesmo sem tratamento. Mas, em muitos casos, alguma afasia permanece após este período inicial de recuperação. Nesses casos, a terapia fonoaudiológica é usada para ajudar os pacientes a recuperar a capacidade de comunicação.


Pesquisas mostram que as capacidades de linguagem e comunicação podem continuar a melhorar durante muitos anos e são por vezes acompanhadas por nova atividade no tecido cerebral perto da área danificada. Alguns dos fatores que podem influenciar na melhoria incluem a causa da lesão cerebral, a área do cérebro que foi danificada, a extensão da lesão, bem como a idade e a saúde do indivíduo.


A terapia da afasia visa melhorar a capacidade de comunicação de uma pessoa, ajudando-a a restaurar as habilidades linguísticas tanto quanto possível e aprender outras formas de comunicação, como gestos, imagens ou uso de dispositivos eletrônicos. A terapia individual concentra-se nas necessidades específicas da pessoa, enquanto a terapia de grupo oferece a oportunidade de usar novas habilidades de comunicação em um ambiente de pequenos grupos.


As tecnologias recentes forneceram novas ferramentas para pessoas com afasia. Os fonoaudiólogos "virtuais" oferecem aos pacientes a flexibilidade e a conveniência de fazer terapia em suas casas por meio de um computador. O uso de aplicativos geradores de fala em dispositivos móveis como tablets também pode fornecer uma forma alternativa de comunicação para pessoas que têm dificuldade em usar a linguagem falada.


Cada vez mais, os pacientes com afasia participam de atividades como clubes do livro, grupos de tecnologia e clubes de arte e teatro. Tais experiências ajudam os pacientes a recuperar a confiança e a autoestima social, além de melhorar suas habilidades de comunicação. Os clubes de AVC, grupos de apoio regionais formados por pessoas que tiveram um AVC, estão disponíveis na maioria das grandes cidades. Esses clubes podem ajudar uma pessoa e sua família a se adaptarem às mudanças de vida que acompanham o AVC e a afasia.


O envolvimento da família é muitas vezes um componente crucial do tratamento da afasia porque permite que os membros da família aprendam a melhor a maneira de comunicar com o seu ente querido.


Os membros da família são incentivados a:

  • Participe de sessões de terapia, se possível.

  • Simplifique a linguagem usando frases curtas e descomplicadas.

  • Repita as palavras do conteúdo ou escreva palavras-chave para esclarecer o significado conforme necessário.

  • Mantenha uma maneira natural de conversação apropriada para um adulto.

  • Minimize as distrações, como rádio ou TV alto, sempre que possível.

  • Inclua a pessoa com afasia nas conversas.

  • Peça e valorize a opinião da pessoa com afasia, principalmente em assuntos familiares.

  • Incentive qualquer tipo de comunicação, seja fala, gesto, apontar ou desenhar.

  • Evite corrigir a fala da pessoa.

  • Dê bastante tempo para a pessoa conversar.

  • Ajude a pessoa a se envolver fora de casa. Procure grupos de apoio, como clubes de AVC.


7)Quais pesquisas estão sendo feitas sobre a afasia?

Pesquisadores estão testando novos tipos de terapia fonoaudiológica em pessoas com afasia recente e crônica para avaliar se novos métodos podem ajudá-las na recuperação de palavras, gramática, prosódia e outros aspectos da fala.


Alguns desses novos métodos envolvem a melhoria das habilidades cognitivas que apoiam o processamento da linguagem, como a memória de curto prazo e a atenção.


Outros envolvem atividades que estimulam as representações mentais de sons, palavras e frases, facilitando seu acesso e recuperação.


Os pesquisadores também estão explorando a terapia medicamentosa como uma abordagem experimental para o tratamento da afasia. Alguns estudos estão testando se medicamentos que afetam os neurotransmissores químicos no cérebro podem ser usados em combinação com a terapia fonoaudiológica para melhorar a recuperação de várias funções da linguagem.


Outras pesquisas concentram-se no uso de métodos avançados de imagem, como a ressonância magnética funcional (RMF), para explorar como a linguagem é processada no cérebro normal e danificado e para compreender os processos de recuperação. Este tipo de pesquisa pode melhorar o nosso conhecimento sobre como as áreas envolvidas na fala e na compreensão da linguagem se reorganizam após uma lesão cerebral. Os resultados podem ter implicações para o diagnóstico e tratamento da afasia e de outros distúrbios neurológicos.


Uma área de interesse relativamente nova na pesquisa sobre afasia é a estimulação cerebral não invasiva em combinação com a terapia fonoaudiológica. Duas dessas técnicas de estimulação cerebral, a EMT - estimulação magnética transcraniana e a ETCC - estimulação transcraniana por corrente contínua, altera temporariamente a atividade cerebral normal na região que está sendo estimulada.


Pesquisadores, originalmente, usaram essas técnicas para ajudá-los a compreender quais partes do cérebro que desempenhavam um papel na linguagem e na recuperação após um AVC. Recentemente, os cientistas estão estudando se esta alteração temporária da atividade cerebral pode ajudar as pessoas a reaprender o uso da linguagem. Vários ensaios clínicos financiados pelo Instituto Nacional de Surdez e Outros Distúrbios da Comunicação, nos EUA, estão testando essas tecnologias.


Os ensaios clínicos financiados pelo Instituto também estão testando outros tratamentos para a afasia. A lista de ensaios clínicos de afasia ativos pode ser encontrada em ClinicalTrials.gov.




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